8. O VAGALUME QUE QUERIA BRILHAR PARA SEMPRE

“Uma história poética e inspiradora sobre luz, amor e o poder de iluminar mesmo na escuridão.”

Do livro de Contos – O Andarilho – Histórias de Criança para Transformar Adultos – de Alexandre Viana
Imagem de RainbowDoor por Pixabay

INTRODUÇÃO:

“O Segredo do Vagalume que Desafiou a Noite Eterna – Você Já Brilhou por Alguém Hoje?”

O VAGALUME QUE QUERIA BRILHAR PARA SEMPRE

Há muito se dizia aos que se perdiam na floresta escura:
“Na verdade, achará o caminho para o céu aquele que procurar pelas estrelas que brilham na terra.”

Um PEQUENO VAGALUME não se conformava com o seu brilho efêmero – sempre se apagava no ápice de sua luz. Por isso, comprometeu-se a encontrar a resposta para brilhar sem parar:
“Vou me sentar em uma folha e só vou me levantar quando achar a resposta para ter o brilho eterno.”

Seus amigos riram ao ouvir tamanha asneira:
“Deixe disso, venha se divertir e pare com esses seus devaneios. Vagalumes brilham e se apagam. Assim sempre foi e assim sempre será.”

Ignorando a todos, sentou-se em sua folhinha. E, por toda a noite, contemplou o brilho de seus irmãos vagalumes que brincavam à beira do majestoso lago da floresta.
Contemplava cada brilho de forma única, à procura da resposta para seus questionamentos.

“Quando um se apagava, um outro imediatamente surgia.”

Era como se um novo ser nascesse a cada vez que outro desaparecia.
Noite após noite, o VAGALUME permaneceu em sua folha, tentando entender por que a luz cessava sempre em seu ponto de maior intensidade e beleza, transformando-se, de repente, em escuridão.

“Será que não era mais luz aquilo que, de repente, se tornava escuridão?”

Para encontrar sua resposta, o VAGALUME se inspirava no sol, que preenchia tudo com sua luz. Um milagre que ele conseguia realizar apenas em parte.
“Como posso ser como o sol?”
– perguntava o VAGALUME.
Noites se passaram e ele permaneceu firme em seu propósito. Mas, numa bela noite, a folha em que estava sentado se desprendeu do galho e ele, distraído, caiu bem em cima de uma linda VAGALUMINHA.

“Ai, ai, ai, seu desastrado! Não sabe voar? Tenha mais cuidado.”
– disse a VAGALUMINHA, irritada com aquele projeto de pirilampo.

“Desculpe-me, não tive a intenção. Fiquei ali por tanto tempo que até esqueci que sei voar.”

“É mesmo?” – continuou irritada – “Espero que não tenha se esquecido também que os vagalumes sabem brilhar.”

Ao que ele retrucou, todo orgulhoso:
“É justamente sobre isso que fiquei refletindo por tanto tempo: como fazer minha luz brilhar sem nunca parar.”

“Ah! E então… Encontrou sua resposta?”
– perguntou novamente, com muito sarcasmo, a VAGALUMINHA irritada.

Ele, cabisbaixo, respondeu:
“Não, infelizmente ainda não encontrei… mas estava prestes a encontrar… eu acho… se minha folha não tivesse caído…”

Já mais calma, a VAGALUMINHA percebeu que seu novo e desastrado amigo era também um belo vagalume e lhe disse, agora mais amável:
“Olha, querido, você não pode querer que as coisas sejam do jeito que você imagina. Tudo tem um motivo para ser como é. A folha tem seu próprio tempo, e por isso cai, mas a árvore ainda continua ali. E com certeza permanecerá nesta terra por bem mais tempo que você e eu juntos. A árvore não deixou de ser árvore porque perdeu uma de suas folhas, mas a folha, essa sim, não é mais árvore. E, quando chegar ao chão, nem folha será mais, e sim parte do próprio chão. No entanto, o tempo da árvore um dia também se esgotará, e ela tombará e morrerá. Apenas sentar e tentar mudar a natureza das coisas pode não ser o caminho mais correto. Vagalumes se acendem e se apagam, mas não deixam de ser vagalumes por causa disso. Mas todos nós, juntos, somos um show de luzes — dos mais belos que a natureza já produziu. Porém, para quem nos vê, é como se existíssemos em um momento e, em outro, deixássemos de existir.”

O VAGALUME continuou escutando enquanto se encantava com a forma como as palavras saíam da boca da linda VAGALUMINHA. E ela completou:
“Mas há uma forma de nosso brilho não cessar.”

Empolgado, o VAGALUME quis saber:
“É mesmo? Então por favor me diga…”

E ela respondeu com um sorriso nos lábios:
“Quando encontrarmos outro ser que nos ame e a quem também amamos. Assim, enquanto estivermos apagados, o outro brilhará por nós. E nós brilharemos por ele enquanto sua luz não estiver latente. Se compartilharmos do mesmo sentimento, sempre haverá luz em nossas vidas — juntos e não sozinhos.”

Empolgado com o que acabara de ganhar de seu desastrado encontro com a VAGALUMINHA, nesse instante sentiu nascer uma luz em seu coração. O VAGALUME chegou mais perto e percebeu que brilhava bem mais forte ao se aproximar dela e ver tanto carinho e verdade em tão poucas palavras. E ela, da mesma forma, irradiou-se de luz em seu coração quando os dois se aproximaram. Foi um amor à primeira vista. E, enquanto se beijavam com o brilho dos apaixonados, uma inesperada resposta surgiu para uma pergunta que ele nunca conseguiu responder:

“Os dois juntos se tornaram um único e pequeno sol pulsante, como uma luz constante, entre os que se uniram para ser um só.”

ALEXANDRE VIANA
“O brilho mais eterno é aquele que nasce quando duas almas decidem acender uma à outra.”

03/09/2009

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO
10/04/2025

CONCLUSÃO:

“E Então, O Vagalume Entendeu o que Ninguém Nunca lhe Contou…”

“ESTE CONTO NÃO PODE TERMINAR AQUI – ELE PRECISA DE VOCÊ!”

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