06. O PEIXINHO INQUIETO E O GATO SERENO
“A Fábula da Paciente Arte da Enganação: Quando a Serenidade Esconde Garras Afiadas”
Do livro de Contos – O Andarilho – Histórias de Criança para Transformar Adultos – de Alexandre Viana
INTRODUÇÃO:
“O que acontece quando a curiosidade nada direto para a boca do perigo?”
Neste conto que viralizou entre leitores ávidos por histórias com moral, você vai descobrir a arte da paciência predatória – onde cada movimento calmo esconde uma lição mortal. O PEIXINHO INQUIETO E O GATO SERENO não é apenas uma fábula sobre animais, mas um espelho perturbador de como subestimamos os perigos que observam em silêncio.
Prepare-se para mergulhar numa narrativa onde:
🔮 Cada olhar sereno esconde um cálculo preciso.
⚡ A confiança se torna a armadilha mais perigosa.
🐾 O instinto disfarçado de pacifismo revela sua verdadeira face.
“O pior predador não é o que ataca, mas o que te convence a se entregar.”
O PEIXINHO INQUIETO E O GATO SERENO
O ritual matinal nunca variava. Com a precisão de um relógio solar, O GATO SERENO assumia seu posto solene na borda do aquário. Seu corpo era uma escultura viva – pelagem mosqueada como mármore, bigodes que tremiam ao ritmo das bolhas subaquáticas, olhos âmbar que registravam cada movimento dos peixes com a paciência infinita de quem sabe esperar.
“Ele está de volta!”,
sussurraram as guelras do antigo PEIXE DOURADO, o mais velho do cardume.
“Vamos…Para o fundo, todos!”
Mas o jovem PEIXINHO INQUIETO, de escamas prateadas que brilhavam como facas sob a luz artificial, permaneceu no meio do aquário.
“Por que fogem? Ele nunca fez nada!”,
protestou, enquanto via os outros se esconderem entre as plantas artificiais bem no fundo do aquário.
O GATO SERENO observava tudo com um sorriso interno mas com o semblante imutável. Seus músculos relaxados escondiam a hereditariedade de séculos de instinto predatório. Notava o PEIXINHO INQUIETO que em seu frenesi ficava mais tempo exposto, mais curioso, mais… confiante.
O sábio PEIXE DOURADO, professava e profetizava enquanto advertia o pequeno e jovem PEIXINHO INQUIETO.
“Você é tolo! Já viu algum gato que não goste de peixe? Engana-se por sua ingenuidade e inquietude.”
Mas o PEIXINHO INQUIETO já não ouvia, era contida a sua liberdade naquele pequeno aquário. Menor ainda se tivesse que sempre se esconder de um gato que lhe parecia tranquilo. Seus olhos estavam fixos no GATO SERENO, que hoje parecia especialmente contemplativo.
“Bom dia, Sr. GATO”,
arriscou o peixinho, bolhas de coragem escapavam de suas guelras.
O GATO moveu apenas a ponta da cauda e nada mais, em uma fala preguiçosa.
“Bom dia, pequeno inquieto. Quanta ousadia de um peixe em vir falar com um gato.”
“Estive pensando… por que você só nos observa? Nunca tentou nos pegar.”
O GATO SERENO ergueu lentamente a sua cabeça e deu uma longa piscada, como um professor prestes a dar uma lição.
“Ah, isso me lembra meu irmão… e a história do CÃO PACATO.”
O PEIXINHO INQUIETO se aproximou mais um pouco bem curioso.
A história do “O CÃO PACATO?”
“Sim”, O GATO começou, voz suave como ronronar distante.
“Meu irmão era como você – curioso, destemido, ousado. O PEIXINHO INQUIETO se aproximava mais a cada elogio, enquanto O GATO SERENO continuava.
Vivíamos todos numa casa com um cão enorme, que sempre deitava no quintal. O CÃO PACATO, era como o chamávamos.”
Enquanto O GATO falava, O PEIXINHO INQUIETO nadava cada vez mais perto da superfície, hipnotizado pela história e pela misteriosa fala do GATO SERENO.
Os outros peixes observavam protegidos e horrorizados no fundo do aquário.
“Meu irmão passava dias observando aquele cão”,
continuou O GATO.
“Ele notou que o CÃO nunca se levantava, apenas olhava com aqueles olhos sonolentos. ‘Ele é inofensivo’, dizia meu irmão.”
O PEIXINHO INQUIETO, agora estava a centímetros da superfície, seu corpo prateado refletindo no olho do GATO perguntou:
“E… ele estava certo?”
O GATO SERENO deu um suspiro teatral.
“Um dia, meu irmão resolveu testar sua teoria. Desceu do muro, aproximou-se… e foi então que viu.”
“Viu o quê?”,
O PEIXINHO quase saltou da água de tanta ansiedade.
O GATO inclinou-se ligeiramente para frente da borda do aquário, sua sombra cobrindo a flor d’água.
“Meu irmão viu, algo absolutamente assustador escondido sob o pelo do CÃO PACATO deitado.”
O PEIXINHO INQUIETO não continha sua curiosidade e aumentava mais ainda a sua proximidade.
O que ele viu Sr. GATO?
Nesse momento, sem mudar uma linha sequer em sua fria expressão, mas com a velocidade de um raio, as patas do GATO SERENO velozmente mergulharam na água. O PEIXINHO INQUIETO mal teve tempo de ver as garras afiadas e brilhantes antes de ser arrancado de seu mundo aquático. E disse O GATO SERENO ao PEIXINHO INQUIETO, agora derradeiramente espetado e empalado em suas unhas:
“Uma corrente grossa, presa a uma estaca. O CÃO não era pacato… apenas estava contido.”
“Mas… mas você disse…”,
gaguejou O PEIXINHO, já entre os dentes do felino.
“Eu disse a verdade”,
O GATO SERENO respondeu, lambendo os lábios.
“Assim como o CÃO, eu também estava preso e tinha as minhas correntes, que nesse caso era o seu aquário… mas hoje, pequeno e ingênuo petisco, eu estive livre, quando você finalmente veio até a superfície, onde pude pegá-lo.”
E com um último movimento elegante, O GATO SERENO engoliu o jaz morto PEIXINHO INQUIETO, antes de se recolocar em sua posição habitual – sereno, paciente, observador.
Ainda protegido no fundo do aquário, o velho PEIXE DOURADO sussurrou para os outros:
“A pior armadilha não é a que se vê, mas a que se acredita não existir.”
ALEXANDRE VIANA
22/02/2005
“Na natureza e também entre os homens a maior lição é esta: a serenidade dos predadores nunca é virtude – é estratégia.”
ÚLTIMA REVISÃO
09/04/2025
MORAL DA HISTÓRIA:
“A confiança cega é o alimento dos predadores pacientes.”
No jogo da vida, os mais sábios são aqueles que sabem distinguir entre a verdadeira serenidade e a armadilha disfarçada de paz.
O GATO SERENO não era diferente do CÃO PACATO – ambos eram criaturas de instinto, apenas esperando o momento em que suas correntes invisíveis se soltariam.
O PEIXINHO INQUIETO, em sua ânsia por respostas, esqueceu-se do primeiro mandamento da sobrevivência:
“desconfie sempre daqueles que observam em silêncio o movimento dos agitados.”
CONCLUSÃO:
Ao terminar esta história, fiquei olhando para meu próprio aquário mental – quantas vezes confiei em “GATOS SERENOS” da vida real? Quantas correntes invisíveis deixei de enxergar porque acreditava na bondade de quem estava apenas esperando seu momento?
O GATO SERENO me ensinou que:
– A paciência é a arma mais afiada dos verdadeiros predadores
– Nossas maiores quedas vêm quando confundimos contenção com bondade
– A lição mais dura: ninguém é tão ingênuo quanto aquele que acredita ter descoberto a exceção à natureza das coisas
Esta fábula é um alerta: no mundo real, os “GATOS SERENOS” não usam coleiras visíveis.
Eles usam nossa própria curiosidade como isca.
🚨 ALERTA: Esta história será transformada em livro físico e sairá do ar em breve!
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“Esta história me fez questionar tudo!”
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