05. A CASA DO SR. CARACOL
Um lar mágico, um segredo escondido e uma lição que cabe no coração de toda criança.
Do livro de Contos – O Andarilho – Histórias de Criança para Transformar Adultos – de Alexandre Viana

INTRODUÇÃO:
🌿 O Segredo Dentro da Concha 🌿
Você já se perguntou o que acontece dentro de uma concha quando um caracol se recolhe em silêncio?
Já imaginou que, por trás de algo tão pequeno e aparentemente simples, pode se esconder um universo inteiro de segredos, sabedoria e encanto?
No bosque dos mistérios, entre árvores que sussurram segredos antigos e criaturas que falam com o coração, existe um lugar mágico que poucos conhecem… A CASA DO SR. CARACOL.
Este conto autoral infantil e filosófico foi escrito para aguçar a sua imaginação e provocar reflexões profundas sobre como enxergamos o mundo — e uns aos outros.
Embarque nesta viagem poética, cheia de metáforas, encanto e lições de vida que podem transformar a forma como você olha para o outro… e para si mesmo.
Prepare-se para conhecer o invisível e se surpreender com o que mora dentro de cada ser.
Descubra agora o que ninguém vê…
A CASA DO SR. CARACOL
Era uma vez, em um bosque encantado e perfumado por flores silvestres, um mundo minúsculo onde tudo se movia com graça e mistério. Ali, entre folhas orvalhadas e galhos cobertos de musgos, vivia uma pequena Joaninha de asas rubras e pintinhas negras. Ela tinha olhos cintilantes de curiosidade e um coração tão leve quanto o vento da manhã.
Todos os dias, ao cair da tarde – quando o sol começava a se esconder atrás das árvores altas e o céu ganhava tons de rosa e dourado -, a Joaninha subia numa pedrinha brilhante, bem no centro do bosque dos Caracóis. Era o momento que ela mais esperava: ver o sereno e enigmático SR. CARACOL despertar.
Ele saía de sua concha lentamente, como se fosse parte de um ritual sagrado. A concha era grande e espiralada, com um brilho antigo, como se escondesse dentro dela o segredo de todas as noites calmas. A JOANINHA, fascinada, observava cada movimento. Era como assistir a um feitiço suave, um balé de paciência.
Durante o dia, O SR. CARACOL permanecia em silêncio, recluso em sua casa misteriosa. Era sabido que os caracóis preferem a frescura da noite para explorar o mundo, e isso apenas aumentava a inquietação da Joaninha.
“O que será que o SR. CARACOL faz dentro de sua casinha durante todo este tempo?”,
pensava ela, com o narizinho apontado para o céu.
Um dia, tomada pela coragem que só os verdadeiramente curiosos têm, desceu da sua pedra e foi até o SR. CARACOL, que deslizava suavemente por uma folha larga de begônia.
– Olá, SR. CARACOL – disse a Joaninha com a voz trêmula de emoção -, gostaria muito de lhe fazer uma pergunta.
O SR. CARACOL virou-se com lentidão elegante e respondeu com a voz aveludada:
– Pois diga, pequena Joaninha. Que dúvida é essa que inquieta sua mente pequenina?
– SR. CARACOL… sou pequenina, mas dentro de mim mora uma enorme curiosidade. Gostaria de saber o que o senhor faz dentro da sua casa o dia todo. Sempre imagino como deve ser lá dentro… será apertado? Escuro? Ou talvez mágico?
O SR. CARACOL sorriu com gentileza, como quem já esperava aquela pergunta há muito tempo.
– Ora, ora… PEQUENA JOANINHA. Farei mais do que responder. Já está tarde, e as joaninhas devem descansar seus sonhos sob a luz das estrelas. Amanhã, ao nascer do sol, peça à sua mãe para visitar minha humilde morada. Tenho certeza de que ela permitirá. E então, minha querida, você verá com seus próprios olhos os segredos da minha casa.
Naquela noite, A JOANINHA mal conseguiu dormir. Contava os minutos como quem conta estrelas. Ao primeiro raio de sol, correu até sua mãe, fez o pedido com olhos brilhantes, e recebeu um sim cheio de ternura.
Logo, estava diante da grande concha do SR. CARACOL, que já havia se recolhido ao seu mundo interior.
– Toc, toc… SR. CARACOL? Sou eu, a PEQUENA JOANINHA.
A casinha rangeu como uma porta antiga e encantada, e uma portinha se abriu. O SR. CARACOL, sorrindo, convidou-a a entrar.
A JOANINHA entrou com passos cautelosos… e ficou boquiaberta.
Por dentro, a casa era imensa, muito maior do que sua aparência exterior fazia crer. Era como entrar em um universo paralelo, espiralado de aconchego e surpresas.
– Puxa, SR. CARACOL! Como pode sua casa ser tão linda e tão grande por dentro?
– Ah, minha pequena amiga — respondeu o SR. CARACOL com um brilho nos olhos —, venha, quero lhe mostrar cada cantinho.
E assim começaram a visita.
Primeiro, o quarto, com uma caminha coberta por folhas macias e uma estante de lembranças: pedras brilhantes, penas coloridas e uma foto antiga de sua juventude, esculpida em pétalas secas.
Depois, foram à cozinha: ali havia um fogãozinho feito de casca de noz e colheres esculpidas em galhos finos. Ele preparava caldos aromáticos e chás com ervas secretas que só floresciam à noite.
A sala de estar era decorada com tapeçarias de teia de aranha e almofadas feitas com pétalas secas. Lá, um pequeno aparelho musical tocava canções suaves e antigas — músicas que só os insetos mais velhos conheciam.
– Aqui gosto de relaxar e escutar uma musiquinha enquanto o vento canta do lado de fora — disse o SR. CARACOL.
No banheiro, havia uma banheira feita de concha de ostra, onde ele relaxava com sais de banho de pólen e espuma de raiz de lavanda. Tinha até um caracolzinho de borracha que boiava feliz, sorrindo o tempo todo.
Subiram por uma escada minúscula até o telhado de cristal de gota de orvalho, onde ele costumava observar o céu e tentar contar estrelas – embora sempre perdesse a conta.
Por fim, chegaram à biblioteca, o cômodo mais especial. Havia livros escritos em folhas secas, contos em pétalas prensadas e mapas de bosques encantados. Era ali que o SR. CARACOL guardava sua sabedoria.
– Nossa… – disse A JOANINHA, maravilhada -. Como pode tanta coisa caber aqui dentro?
O SR. CARACOL olhou nos olhos dela e respondeu com doçura:
– Às vezes, aquilo que vemos por fora não mostra a grandeza que há por dentro. Isso vale para casas… e para os corações.
Ele fez uma pausa e completou:
– Há seres que parecem grandes, mas por dentro são pequenos. E há aqueles, como você, que parecem pequenos, mas guardam dentro de si um universo inteiro. Hoje você conheceu minha casa, amanhã, lembre-se de conhecer os seres antes de julgá-los. O exterior pode enganar, mas o interior sempre revela a verdade.
A PEQUENA JOANINHA se despediu com o coração leve e a mente cheia de novos pensamentos. E, enquanto voltava para casa, sentia que havia aprendido uma lição que carregaria para sempre, como o SR. CARACOL carrega sua casa: com orgulho e poesia.
ALEXANDRE VIANA
30/11/2004
ÚLTIMA REVISÃO
08/04/2025
CONCLUSÃO:
🍃 O Invisível Também É Real 🍃
Quando terminei de escrever “A CASA DO SR. CARACOL”, algo pulsava forte dentro de mim: A certeza de que o que mais importa não se vê com os olhos.
A CASA DO SR. CARACOL é um espelho mágico que nos convida a olhar para dentro — não apenas da concha de um caracol, mas das almas que cruzam o nosso caminho todos os dias.
Quantas vezes julgamos alguém por sua aparência, seu silêncio ou seu ritmo? E quantas vezes deixamos de conhecer verdadeiros tesouros por não termos paciência de olhar além da superfície?
Este conto é um convite para desacelerar, ouvir com o coração e enxergar com a alma. Que ele toque algo precioso dentro de você. Que ele abra portas internas. E que, como A PEQUENA JOANINHA, você também se permita descobrir o extraordinário no que parece comum.
✍️ ALEXANDRE VIANA
“Escrevo para tocar o invisível com palavras, e despertar o sagrado que adormece em silêncio dentro de cada um de nós.”
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